Nesta quinta-feira (13) o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), falou à Globonews sobre a divisão do Congresso Nacional em dois grandes blocos. Um dos grupos é composto por aliados de Lira e o outro por nomes que apoiam o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD).
Na quarta-feira (12), os líderes partidários de União Brasil, PP, Federação PSDB-Cidadania, PDT, PSB, Avante, Solidariedade e Patriota definiram a criação de um bloco com 173 parlamentares – superando o outro bloco existente na Câmara, formado por MDB, PSD, Republicanos, Podemos e PSC, que reúne 142 deputados.
“Eu me divirto com as narrativas. O bloco formado ontem não é de oposição ao governo, não é para fazer chantagem contra o governo, e essas versões criadas e muitas vezes debatidas não ajudam neste momento”, afirmou o presidente.
“A Câmara não tem criado nenhuma dificuldade para o governo”, ressaltou Lira, lembrando que um acordo entre o Executivo e o Legislativo vai assegurar que, até agosto, um grupo de medidas provisórias será analisado em comissões mistas. Outras terão de ser reenviadas na forma de projetos com urgência constitucional.
Na visão do presidente da Câmara, isso demonstra que os líderes da Casa, apesar de divergências com o Senado, apoiam a governabilidade, enquanto o Congresso não chega a uma solução sobre o rito legislativo ideal para medidas provisórias.
Arthur Lira ressalvou, porém, que serão necessárias conversas aprofundadas com o Executivo em torno de certos temas. Entre eles estão os chamados “jabutis tributários”, como o governo Lula classificou os benefícios fiscais a alguns setores, e o marco legal do saneamento, recém-alterado por um decreto presidencial.