Pedro rechaçou possibilidade de disputar ativamente com Ruy o direito de ser o candidato tucano em 2024 - Foto: Divulgação
Pedro rechaçou possibilidade de disputar ativamente com Ruy o direito de ser o candidato tucano em 2024 - Foto: Reprodução

O ex-deputado federal e ex-candidato ao Governo da Paraíba, Pedro Cunha Lima (PSDB), concedeu entrevista exclusiva ao portal Poder Paraíba. Na oportunidade, o presidente estadual do PSDB no Estado explicou que não haverá concorrência política entre ele e o deputado Ruy Carneiro (PSC) para definir qual dos dois nomes representará o mesmo agrupamento político na disputa pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), nas eleições de 2024.

Contudo, admitiu que seu nome está disponível para o debate sobre a candidatura. 

O diálogo sobre a sua pré-candidatura à Prefeitura Municipal de João Pessoa segue aquecido. Ruy recentemente afirmou em entrevista para a imprensa que mantém relação política normal com você, de correligionários. Como vem sendo este diálogo em torno de uma pré-candidatura do projeto de vocês na Capital? 

Não existe possibilidade de disputa de minha parte com o deputado Ruy. A gente tem uma relação muito próxima, uma visão de mundo semelhante. Ruy Carneiro me representa, assim como busquei representá-lo no ano passado na disputa para o Governo, onde pude ter o apoio de Ruy e sou grato a ele e busco fazer política com reciprocidade. 

O que existe é um debate que naturalmente acontece sobre quem irá para a disputa. O deputado Ruy poderá ser o nosso candidato, como também estou pronto, mas no momento certo a gente vai tomar essa decisão.  

Deputado, o senhor recentemente falou sobre a pauta nacional da educação. Ao mesmo tempo que o governo federal indica buscar a garantia de estratégias educacionais para a promoção da alfabetização dos cidadãos na idade correta, o PT anunciou que não irá pôr em prática o novo ensino médio. Não seria o discurso do PT incoerente com as suas ações políticas? 

A etapa da alfabetização acontece num outro momento do que é o ensino médio. São temas que são distintos entre si, o programa da alfabetização na idade certa é um grande acerto do governo e a gente espera que o Brasil possa vivenciar aquilo que o Ceará já vem experimentando a mais tempo. 

Quanto ao novo ensino médio, revogar pura e simplesmente é um equívoco, nisso o governo erra, por mais que seja necessário fazer mudanças e dar apoio estados. A gente não pode continuar convivendo e achar que o modelo posto funciona. 

Não seria a baixa alfabetização da população brasileira consequência de erros das primeiras gestões petistas ao administrar mal os recursos da educação em nosso país? 

Na verdade, não dá pra culpar um só governo, isso é uma falha histórica. O Brasil só conseguiu universalizar o acesso ao ensino e ainda assim sem universalizar o acesso as creches, para se ter uma ideia, hoje menos de 30% das crianças mais pobres tem vaga nas creches. O PNE [Plano Nacional de Educação] prevê uma meta pro ano de que vem de 50%. 

Então século XXI em 2023 e o Brasil sequer tem vaga de creche pra criança mais pobre. A gente só conseguiu universalizar a educação básica na década de 90 com o Fundef no governo Fernando Henrique, 200 anos depois do restante do mundo desenvolvido.

 

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