É de estranhar a defesa promovida por alguns deputados estaduais em favor da aprovação do voto aberto na eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB). E o posicionamento de um deles, especificamente, tem chamado a atenção de quem acompanha de perto a classe política paraibana.
Estou falando do deputado Júnior Araújo (PSB), que endossou a proposta em várias entrevistas concedidas à imprensa, nos últimos dias. Para ele, o voto aberto colocará “fim em especulações de deputados mal-intencionados”.
Como assim, Júnior falando em combater a traição política?
Recentemente, o deputado estadual reeleito teria ensaiado uma traição ao grupo político do governador João Azevêdo – líder maior do seu próprio partido -, então candidato à reeleição, no segundo turno. O parlamentar cajazeirense esteve muito próximo de anunciar a adesão a Pedro Cunha Lima (PSDB), candidato pela oposição.
Uma entrevista coletiva chegou a ser convocada pela equipe de Pedro para anunciar a boa nova, mas, houve um recuo misterioso no meio do caminho.
Há quem diga, inclusive, que o jovem deputado tinha o objetivo de ocupar à Presidência da Assembleia Legislativa, caso Pedro saísse vencedor nas urnas, mas teria sido aconselhado a “ficar quieto”, talvez com medo de perder o mandato por infidelidade partidária.
Lá em Cajazeiras, também é conhecido o histórico de “canga-pés” que Júnior deu em [ex-]aliados. O prefeito Zé Aldemir, certa vez, chegou a alegar em entrevista à imprensa cajazeirense que a marca do jovem parlamentar “é a traição”. “Na campanha passada para prefeito ele nos traiu, assumiu uma secretaria no Governo do prefeito Carlos Rafael e também traiu o mesmo”, desabafou ao Portal CZN, lá em 2012.