O ex-governador da Paraíba e pré-candidato a deputado federal, Ricardo Coutinho (PT), usou as redes sociais para criticar o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), após o episódio envolvendo o deputado Glauber Braga. Para Ricardo, o cenário representa uma “perseguição explícita” e ultrapassa, segundo ele, “qualquer parâmetro democrático”.
Ricardo também retomou episódios anteriores para fazer comparação direta. Ele lembrou o momento em que parlamentares do PL ocuparam a Mesa Diretora da Câmara, gerando tumulto, sem que houvesse qualquer punição aos envolvidos.
“Deputados se algemaram, impediram Hugo Motta de assumir a cadeira, passaram o dia inteiro nessa situação e nada aconteceu. Não houve punição, ninguém teve o mandato ameaçado”, criticou.
Na avaliação do ex-governador, Glauber Braga foi provocado por um parlamentar de extrema direita e acabou reagindo, embora, segundo ele, devesse ter mantido a calma diante da provocação.
Pedido de cassação
Após reunião de líderes, no início da tarde desta terça-feira, Hugo Motta anunciou que as votações da semana incluem os pedidos de cassação dos mandatos de Glauber Braga e Carla Zambelli (PL-SP), marcados para esta quarta-feira (10). Braga é acusado pelo partido Novo de quebra de decoro parlamentar por expulsar, com empurrões e chutes, o integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) Gabriel Costenaro, em abril do ano passado. A cassação já havia sido aprovada pelo Conselho de Ética em abril.
Ao ocupar a cadeira da Presidência em protesto, Glauber afirmou que apenas seu mandato seria efetivamente atingido. “O único mandato de fato atingido é o mandato que me foi conferido pelo povo do estado do Rio de Janeiro. Zambelli já está inelegível pelo Supremo Tribunal Federal. Eduardo Bolsonaro, ao ser desligado pela Mesa, mantém seus direitos políticos intactos”, declarou.
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