A Justiça da Argentina autorizou a extradição de Antônio Neto e Fabrícia Farias, casal sócio-proprietário da Braiscompany. A confirmação foi feita pela Justiça Federal da Paraíba nesta quarta-feira (3), que também informou que o casal ainda tem a possibilidade de recorrer da decisão na Argentina. Até o momento, não há uma data definida para o retorno deles ao Brasil.
O casal está detido no país vizinho desde fevereiro de 2024, após permanecer foragido por cerca de um ano. Atualmente, aguardam a conclusão do processo de extradição em prisão domiciliar. A defesa deles não foi localizada pelo g1 para comentar o caso.
Na época da detenção, o delegado da Polícia Federal responsável pela ação, Guilherme Torres, destacou que não há prazo determinado para o encerramento do processo de extradição.
Antônio Inácio da Silva Neto, conhecido como Antônio Ais, e sua esposa, Fabrícia Farias, foram presos em 29 de fevereiro, na cidade de Escobar, na Argentina. Eles estavam foragidos desde fevereiro de 2023 e já possuem condenações por crimes contra o sistema financeiro. As penas a serem cumpridas no Brasil somam 150 anos de reclusão.
Segundo a Polícia Federal, o casal desviou aproximadamente R$ 1,11 bilhão e prejudicou mais de 20 mil investidores por meio da captação de recursos para a Braiscompany.
A Braiscompany, fundada pelo casal, atuava no ramo de criptoativos e tecnologia blockchain, oferecendo aos investidores a possibilidade de “alugar” suas moedas digitais para a empresa durante um período de um ano, recebendo como retorno os rendimentos gerados por esses ativos. A companhia prometia um retorno mensal de cerca de 8%, percentual considerado irreal pelo mercado. Milhares de moradores de Campina Grande investiram suas economias na empresa, motivados principalmente por indicações de familiares e conhecidos.
Prisão domiciliar
Fabrícia Farias conseguiu aguardar a extradição em liberdade logo após a prisão, mediante pagamento de fiança e cumprimento de medidas cautelares determinadas pela Justiça argentina. O benefício levou em conta seu comportamento colaborativo e o fato de ser mãe de dois filhos menores, que não têm outros responsáveis legais.
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