A Polícia Federal (PF), em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou na manhã desta quinta-feira (13) mais uma fase da Operação Sem Desconto, que apura um amplo esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Ao todo, foram cumpridos 63 mandados de busca e apreensão e 10 de prisão preventiva em 16 estados do país, incluindo a Paraíba.
A investigação apura crimes como inserção de dados falsos em sistemas oficiais do Governo Federal, formação de organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, além de ocultação e dilapidação de patrimônio.
Recentemente, a Paraíba também foi alvo da Operação Retomada, que investiga outro esquema de irregularidades no INSS. Na ocasião, a CGU esclareceu que as duas operações não têm ligação direta.
A nova fase da Operação Sem Desconto teve mandados cumpridos nos estados do Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e no Distrito Federal.
Durante a ação, o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi preso pela Polícia Federal. Ele havia sido demitido do cargo em abril, após ser afastado quando vieram à tona as denúncias de fraudes na autarquia. Stefanutto é filiado ao PDT e integrou a equipe de transição entre o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e o do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, atuando como consultor em assuntos de Previdência Social.

