O presidente da Câmara Municipal de Cabedelo, Edvaldo Neto, anunciou nesta quarta-feira (12) que acionou a Polícia Federal (PF) para investigar o vazamento de um vídeo que, segundo ele, contém “fortes indícios de manipulação” e foi divulgado de forma ilegal nas redes sociais.
Em postagem pública, o parlamentar afirmou ter protocolado um ofício junto à PF solicitando uma apuração rigorosa dos fatos.
“Protocolei um pedido de investigação junto à Polícia Federal para que sejam apurados os fatos e os responsáveis pela gravação e divulgação de um vídeo clandestino com fortes indícios de manipulação envolvendo a minha imagem. Que os responsáveis sejam identificados e penalizados de acordo com a Lei”, escreveu.
Na legenda da publicação, Edvaldo Neto foi ainda mais enfático:
“Esse crime não pode passar impune!”.
O presidente da Câmara também aproveitou para reforçar que não é alvo de nenhum processo judicial ou investigação criminal.
“Não sou eu que sou investigado nem condenado em duas ações e tampouco denunciado por associação ao crime organizado. Continuarei trabalhando em prol do nosso povo e de nossa cidade”, destacou.
O episódio ocorre em meio à crise política que envolve a Prefeitura de Cabedelo, após a divulgação de uma série de vídeos que apontariam uma suposta trama para cassar o mandato do prefeito André Coutinho (Republicanos).
Nas gravações, o próprio Edvaldo aparece em conversas com o ex-secretário de Indústria e Comércio, Fernando Sobrinho, e o ex-procurador Diego Carvalho. O conteúdo sugere articulações para influenciar decisões no Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) e garantir a cassação do gestor municipal.
Um dos trechos mais repercutidos mostra Edvaldo dizendo:
“O grande problema é como a gente vai garantir isso, entendesse, Negão”,
ao que Sobrinho responde: “A pessoa tem que garantir o sucesso, senão não está atendendo. Aí não está vendendo sentença, está vendendo este trabalho.”
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As conversas teriam ocorrido em 9 de outubro, um dia antes da exoneração de Sobrinho da prefeitura. O julgamento da Aije (Ação de Investigação Judicial Eleitoral) contra o prefeito André Coutinho está marcado para o dia 10, um dia após a divulgação das gravações.
O caso teve forte repercussão política na cidade e agora deve ser acompanhado de perto pela Polícia Federal e pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba. Enquanto a oposição fala em “prova de corrupção”, aliados de Edvaldo classificam o material como uma armação política e comemoram o pedido de investigação como um passo para “restabelecer a verdade”.
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