Um suposto encontro reservado entre o senador e pré-candidato ao Governo da Paraíba, Efraim Filho (União Brasil), e o ex-deputado federal Pedro Cunha Lima (PSD), também pré-candidato a governador, movimentou os bastidores da política paraibana nesta terça-feira (11).
A conversa teria ocorrido no gabinete de Efraim, em Brasília, longe dos holofotes. Nenhum dos dois se pronunciou à imprensa, mas uma foto discreta registrada na saída foi suficiente para confirmar a reunião — e acender uma onda de especulações sobre os rumos da sucessão estadual em 2026.
O suposto diálogo acontece em um momento estratégico. Pedro, segundo colocado nas eleições de 2022, tem sido apontado como possível vice de Efraim em uma eventual chapa ao Governo da Paraíba. O movimento, se confirmado, marcaria uma reconfiguração expressiva no campo da oposição, já que o ex-deputado vinha sendo cotado como nome próprio para disputar o comando do Estado.
Nos bastidores, interlocutores apontam que Efraim articula uma frente de centro-direita, buscando consolidar alianças com lideranças regionais. Enquanto isso, o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (MDB), tenta atrair Pedro para seu grupo político — em uma movimentação que, segundo fontes, contaria com o apoio do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB).
A estratégia de Cícero seria unir a força administrativa da capital à expressiva votação de Pedro Cunha Lima, com o objetivo de fortalecer o bloco governista em torno do MDB e de uma eventual candidatura de consenso.
Mas o tabuleiro político paraibano está longe de definido. O encontro desta terça-feira, embora mantido sob sigilo, pode representar um passo importante para uma aliança entre Efraim e Pedro, capaz de redesenhar o mapa de forças políticas da Paraíba antes de 2026.
Ao deixar o gabinete, Pedro Cunha Lima preferiu o silêncio absoluto. Nenhuma declaração, nenhuma pista sobre o teor da conversa. Teriam discutido formação de chapa, alianças regionais ou acordos mais amplos? O que se sabe é que, a partir de agora, toda a política paraibana volta os olhos para Brasília — e para o que esse encontro pode significar no futuro próximo.

