Cida Ramos enquadra Efraim Filho após aliança do senador com o bolsonarismo: "Entregue os cargos, os Correios, a Codevasf e siga o seu caminho"
Presidente do PT e deputada Cida Ramos - Foto: Reprodução

A deputada estadual Cida Ramos (PT) fez um pronunciamento contundente na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), nesta terça-feira (11), cobrando apuração rápida e total transparência no caso do jovem de 22 anos atingido por disparo de um policial militar no bairro de Cruz das Armas, em João Pessoa. O trabalhador, que atuava em um espetinho, permanece hospitalizado em estado grave no Hospital de Trauma.

Cida classificou o episódio como “extremamente grave” e reforçou que o Legislativo não pode se omitir diante de mais um caso de atuação policial considerada excessiva.

Em seu discurso, a parlamentar relatou o ocorrido com forte indignação:

“Uma viatura chegou em Cruz das Armas, perto da UPA. O jovem estava trabalhando para garantir o sustento da família, com a mãe, o pai, a esposa e o filho pequeno ao lado. A polícia simplesmente chegou atirando. Ele não teve chance de se defender, não foi abordado, não recebeu qualquer ordem para se deitar. O policial apenas viu e disparou”, afirmou.

Imagens de segurança registraram o PM tentando abordar um suspeito em uma motocicleta, mas atingindo o trabalhador que nada tinha relação com a ocorrência. O suspeito conseguiu fugir. Familiares relatam que a viatura estava com o giroflex desligado e que o policial teria gritado “perdeu, perdeu” antes de efetuar o tiro.

A mãe do jovem, Girlene de Souza, descreveu o desespero vivido:

“Eu vi meu filho caindo numa poça de sangue. Achei que ele tinha morrido. Ele estava apenas trabalhando para sustentar a filha de um mês. Quero justiça.”

Cida Ramos também criticou severamente a postura dos policiais:

“Queriam colocá-lo no porta-malas como se fosse um objeto. Foram as pessoas presentes que impediram isso. Agora, uma mãe, uma esposa, um filho e toda uma família estão em sofrimento, clamando por justiça.”

A deputada pediu esclarecimentos oficiais ao governo do Estado:

“O secretário de Segurança, Jean Nunes, e o comandante da Polícia Militar, Sérgio Fonseca, precisam dar explicações. Não é discussão ideológica, não é disputa política. É sobre vida. É sobre responsabilidade. A polícia precisa proteger, não atirar primeiro e questionar depois.”

A Polícia Militar informou que o caso está sendo apurado internamente e que foi encaminhado para a delegacia. O jovem segue internado em estado grave.

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