A mãe do menino autista de 11 anos, que teria sido morto por asfixia pelo próprio pai, contou que deixou preparado tudo o que o filho precisaria durante o período em que passaria com ele. Segundo ela, chegou a orientar o ex-companheiro sobre os cuidados específicos com a criança e pediu que a informasse caso o menino demonstrasse qualquer sinal de irritação.
O relato foi feito por Aline Lorena, mãe da vítima, em entrevista à TV Cabo Branco, na manhã desta segunda-feira (3), durante o sepultamento do filho, no Cemitério do Cristo Redentor, em João Pessoa.
“Tudo foi muito combinado. A gente conversou, eu sentei com ele. Um dia antes expliquei: ‘Olha, o Arthur é assim, ele come isso’. Passei no mercado, comprei o que ele gostava de comer, arrumei a roupinha dele, disse: ‘ele vai viajar com essa roupa, tem o fone abafador, porque ele é autista e pode se irritar no caminho. Me avisa, ele tem horário pra ir ao banheiro, tem as coisinhas dele’…”, contou Aline emocionada.
O pai da criança, Davi Piazza Pinto, apontado como principal suspeito do crime, havia viajado de Santa Catarina até a Paraíba e procurado Aline dizendo que queria reaproximar-se do filho e ajudar nos cuidados com ele. Davi chegou a manter contato frequente com a mãe e pediu para encontrar o menino, o que aconteceu no bairro de Manaíra, na Zona Leste da capital paraibana.
De acordo com o delegado Bruno Germano, o homem tinha pouco convívio com o filho e procurou a mãe justamente para tentar restabelecer uma relação mais próxima.
➕ ✅Clique aqui para seguir o canal Poder Paraíba no WhatsApp
📷 Siga o Poder Paraíba no Instagram.

