
Durante agenda em Campina Grande, nesta segunda-feira (13), o governador João Azevêdo (PSB) abordou com cautela a composição partidária para as eleições de 2026. Segundo ele, as conversas com o Partido dos Trabalhadores (PT), tanto em nível nacional quanto estadual, avançam para que a legenda integre a chapa que terá Lucas Ribeiro (PP) como candidato ao governo e João Azevêdo e Nabor Wanderley (Republicanos) ao Senado Federal.
“Estamos conversando, sem imposição. O PT já participa do nosso governo — Agricultura Familiar e Juventude estão sob comando do partido. Não tenho dúvida de que estaremos juntos em 2026. Essa construção está em andamento. É importante compreender que ainda estamos num ano que antecede as eleições, e as definições políticas mais concretas só devem acontecer a partir de abril do próximo ano”, declarou Azevêdo durante evento comemorativo aos 161 anos de Campina Grande.
A declaração ganha relevância estratégica no contexto em que o governador pode renunciar ao cargo em abril de 2026 para disputar o Senado, abrindo caminho para que Lucas Ribeiro assuma o governo e se torne candidato à reeleição com o selo de continuidade da atual gestão.
Enquanto isso, o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, que deixou o Progressistas (PP), mantém intensa articulação política. Ele já se reuniu com o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB–PB) e com Edinho Silva, presidente nacional do PT, figura de influência junto ao ex-presidente Lula, sendo também cotado para retornar ao MDB em sua nova trajetória.
Lucas Ribeiro, por sua vez, tem feito gestos públicos de aproximação com o PT. Em encontro com Cida, declarou ter votado em Luiz Inácio Lula da Silva em 2022 e pretende repetir o voto em 2026, iniciativa acompanhada por lideranças do PP em João Pessoa, reforçando seu esforço para consolidar o apoio petista ao projeto rival do atual governador.
Cícero Lucena, por outro lado, descreveu seu recente encontro em Brasília com o presidente nacional do MDB, deputado federal Baleia Rossi, e com Veneziano como um retorno simbólico às suas origens políticas, sinalizando disposição para disputar o governo estadual com o suporte de uma legenda de expressão nacional e estadual.
A saída de Cícero do PP, oficializada em setembro, remodelou o cenário político estadual. Desde então, ele vem sendo cortejado por diversas siglas, com destaque para o MDB, partido pelo qual construiu momentos decisivos de sua carreira. Pesquisas recentes apontam o prefeito da capital como possível favorito na disputa estadual.
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