
O secretário de Articulação Política da Prefeitura de João Pessoa, Rougger Guerra, defendeu, nesta quinta-feira (8), durante entrevista ao programa 60 Minutos, da Rádio Arapuan, a postura do prefeito Cícero Lucena (sem partido) no debate sobre a sucessão do governador João Azevêdo (PSB).
Ele criticou o que classificou como a exclusão de Cícero das conversas em torno da escolha do nome que representará a continuidade do atual projeto de governo estadual.
Segundo Guerra, mesmo após anunciar sua desfiliação do Progressistas, o prefeito manteve a lealdade ao governador e buscou o diálogo, mas acabou não sendo incluído nas discussões internas sobre o processo sucessório. Para o secretário, o anúncio do nome do vice-governador Lucas Ribeiro (PP) como pré-candidato foi feito sem critérios públicos e sem espaço para debate.
“Dois meses antes da desfiliação, Cícero defendia que fossem estabelecidos critérios e diálogo para a montagem da chapa. Mas ele foi alijado do processo. Nunca foi chamado às conversas, e hoje tratam como ‘natural’ a candidatura de Lucas Ribeiro, um nome que chegou ao projeto há pouco tempo”, afirmou.
Rougger também questionou o conceito de “candidatura natural”: “É preciso perguntar: o que é ser natural? É ser escolhido vice de última hora e herdar automaticamente o governo? Ou ter história, serviço prestado, como Cícero tem, o que o credencia a continuar o projeto?”, provocou.
Ao ser questionado sobre a postura do prefeito diante desse cenário, o secretário disse que não se trata de uma estratégia política, mas de coerência pessoal:
“Cícero sempre foi assim — sereno, leal e conciliador. Ele entende que política se faz com diálogo e propostas, não com ataques pessoais”, declarou.
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Candidatura própria e saída do Progressistas
Rougger Guerra negou que a saída do Progressistas e a colocação de Cícero como pré-candidato tenham sido precipitadas. Segundo ele, o prefeito deixou a legenda por não encontrar mais espaço para o diálogo interno e comunicou sua decisão ao governador com total transparência.
“Ele não rompeu, não atacou, não provocou ninguém. Apenas comunicou sua decisão, de maneira transparente, ao governador e a seus aliados”, completou.
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