
Em meio às articulações políticas que começam a se desenhar para as eleições de 2026, o governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), comentou nesta quinta-feira (9) sobre o cenário do Partido dos Trabalhadores (PT) no estado e a aproximação do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (sem partido), com partidos da oposição. O tema ganhou repercussão após rumores de que o gestor da capital poderia se filiar ao MDB.
Durante o lançamento do Aruanda Praia e da 20ª edição do Fest Aruanda, em João Pessoa, Azevêdo minimizou qualquer possibilidade de atrito com o PT e ressaltou que as mudanças partidárias são naturais no ambiente político. “Roubo é uma palavra muito pesada para se usar em disputas partidárias. Divergências e realinhamentos sempre existiram e continuarão existindo. Boa parte do PT já está conosco nesse projeto de desenvolvimento da Paraíba. Ainda há muita água para correr por baixo dessa ponte — não trabalho com futurologia, e sim com fatos concretos”, afirmou.
Enquanto isso, Cícero Lucena tem intensificado contatos com lideranças do MDB e do PT. Ele já manteve conversas com o senador Veneziano Vital do Rêgo e com o presidente nacional do PT, Edinho Silva, aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva — encontros que reforçam as especulações sobre seu possível retorno ao MDB.
O vice-governador Lucas Ribeiro (PP) também vem buscando estreitar relações com o PT. Em um café da manhã recente com a deputada Cida Ramos, presidente estadual da legenda, ele declarou ter votado em Lula em 2022 e afirmou que pretende repetir o voto em 2026 — um gesto interpretado como sinal de que disputará o apoio petista.
Essa movimentação ocorre após o rompimento de Cícero Lucena com o Progressistas (PP), oficializado em setembro. A saída provocou reações dentro do partido, que classificou a decisão como “individualista”. Antes de embarcar para a Europa, o prefeito comunicou pessoalmente ao governador sua desfiliação e manifestou o desejo de manter proximidade com o governo estadual.
Desde então, o gestor vem sendo cortejado por diversas legendas — entre elas MDB, PSDB, PDT e Avante. Nos bastidores, porém, a possibilidade mais comentada é a de seu retorno ao MDB, partido pelo qual já teve uma trajetória marcante, incluindo o cargo de vice-governador da Paraíba na década de 1990.
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