O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Adriano Galdino (Republicanos), recuou das declarações polêmicas feitas durante a sessão itinerante em Itaporanga, na última quarta-feira (24), quando afirmou que “quem manda é Lula” e que o PT estadual “não manda em porra nenhuma”. Nesta quinta-feira (25), em entrevista à rádio BandNews FM João Pessoa, o parlamentar disse que tudo não passou de uma “brincadeira”.
Segundo Galdino, sua fala não teve caráter ofensivo, mas ocorreu em um momento de descontração no plenário. Ele destacou o respeito que nutre pelo Partido dos Trabalhadores e pela trajetória histórica de suas lideranças:
“Eu sou de uma geração que tem muito respeito ao PT, ao PCdoB, ao PCB. A democracia que vivemos hoje deve muito à luta dos seus militantes”, declarou.
O deputado explicou que a polêmica começou após colegas exibirem uma foto do prefeito Cícero Lucena com o presidente nacional do PT, Edinho Silva, e o deputado Mersinho Lucena, em Brasília. Segundo ele, surgiram comentários de que o encontro sinalizaria uma autorização de Lula para futuras alianças políticas.
“Naquele momento, para brincar, eu disse: ‘quem manda é Lula’. Não foi para desmerecer ninguém, nem ferir Cida Ramos, por quem tenho grande respeito e amizade”, afirmou.
Galdino reforçou que não quis atacar a direção estadual do PT, nem criar atrito interno:
“Não foi uma fala agressiva. Foi um momento de descontração. Nunca tive a intenção de arranhar a autoridade do partido ou ofender seus dirigentes”, disse.
Apesar da tentativa de amenizar o episódio, suas palavras entram em choque com o que havia dito ainda na sessão de Itaporanga, quando declarou que, caso fosse convidado por Lula para se filiar ao PT, passaria por cima da presidente estadual da legenda, deputada Cida Ramos, e do deputado Luciano Cartaxo.
A repercussão gerou reações entre lideranças petistas na Paraíba e acentuou o clima de disputa interna no partido. O gesto de recuo acontece no momento em que Adriano Galdino articula sua futura filiação ao PT e dá passos na construção de sua pré-candidatura ao Governo do Estado em 2026.
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