VAREJO
Foto: Reprodução

Apesar do patamar elevado da taxa Selic e da desaceleração nas vendas do comércio nacional, o varejo da Paraíba sustentou a terceira maior taxa de crescimento do país no acumulado dos sete primeiros meses do ano. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o levantamento, o volume de vendas no estado avançou 5,7% entre janeiro e julho, em comparação com o mesmo período de 2024. O desempenho colocou a Paraíba em terceiro lugar no ranking nacional, junto com Amapá (7,9%) e Santa Catarina (6,3%), enquanto a média brasileira foi de apenas 1,7%.

Somente em julho, o comércio paraibano cresceu 2,9% em relação ao mesmo mês do ano passado, alcançando o sétimo resultado positivo consecutivo em 2025.

Comércio ampliado

No indicador do varejo ampliado — que inclui veículos, motos, peças, material de construção e atacado de alimentos, bebidas e fumo — a Paraíba garantiu a segunda maior taxa de crescimento do país entre janeiro e julho, com alta de 5,6%, enquanto o resultado nacional registrou queda de 0,2%. Em julho, o estado também avançou 2,9%, no sentido oposto à retração de 2,5% observada no Brasil.

Segmentos em destaque

Comparando julho de 2025 com julho de 2024, seis dos oito segmentos pesquisados tiveram desempenho positivo: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria; livros, jornais, revistas e papelaria; móveis e eletrodomésticos; outros artigos de uso pessoal e doméstico; combustíveis e lubrificantes; além de hiper e supermercados. Por outro lado, tecidos, vestuário e calçados e equipamentos de escritório, informática e comunicação apresentaram retração.

Equilíbrio fiscal como diferencial

Para o secretário de Estado da Fazenda, Marialvo Laureano, o resultado expressivo demonstra a importância da política fiscal adotada pelo governo.

“Manter a terceira maior alta do país reflete o compromisso da gestão estadual em equilibrar as contas públicas, assegurar investimentos com recursos próprios e gerar empregos por meio de obras, criando condições para que o comércio resista ao cenário de juros altos que afetam o crédito e o consumo”, destacou.

Ações de apoio ao comércio

Marialvo também lembrou que a administração estadual tem adotado medidas para aliviar o caixa das empresas. Entre elas, o Refis do ICMS, realizado em julho e agosto, que concedeu até 99% de desconto em multas e juros — o maior abatimento já registrado pela Fazenda Estadual. Além disso, o governo apoiou campanhas como o “Liquida Campina Grande” e o “Liquida João Pessoa e Região Metropolitana”, permitindo que o ICMS do mês de maior movimentação fosse parcelado em duas vezes.

Incentivo às lojas físicas

O secretário ressaltou ainda programas de estímulo direto ao consumo local, como o Nota Cidadã, que há seis anos distribui R$ 100 mil em prêmios mensais a consumidores em todo o estado, e o aplicativo Preço da Hora, que facilita a busca por lojas físicas com preços mais baixos.

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