O deputado estadual João Gonçalves (PSB) manifestou, nesta terça-feira (9), preocupação com o aumento da tensão entre aliados do governador João Azevêdo (PSB) e do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (sem partido), após o rompimento político oficializado no último fim de semana. As declarações foram dadas após sessão na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) e repercutidas no programa Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan FM.
“Já fui às ruas pedir votos para Cícero e para João, e jamais pensei que chegaríamos a esse tipo de conflito. Eu sou pela paz, não pela guerra, nem funciono como mensageiro de ninguém”, disse Gonçalves, demonstrando desconforto com os ataques entre lideranças que, até recentemente, estavam unidas.
O parlamentar questionou a mudança repentina de comportamento de aliados que, segundo ele, passaram a criticar Cícero Lucena mesmo depois de terem caminhado juntos. “Se estávamos unidos até ontem, por que começar a atacar o prefeito hoje?”, indagou.
Durante a entrevista, Gonçalves afirmou que o governador João Azevêdo não compartilha das críticas feitas pelo secretário de Estado da Administração, Tibério Limeira, contra Cícero Lucena, feitas na segunda-feira (8) no programa Frente a Frente, da TV Arapuan. “Conheço o governador e tenho certeza de que ele não aprova esse tipo de postura. Alguém está tentando agradar ao rei. Eu trabalho pela paz, sou da paz”, declarou.
O deputado reforçou seu compromisso com o governador, mas defendeu que o momento requer maturidade política e diálogo, e não rompimentos definitivos. Gonçalves destacou que levará o debate para dentro do PSB e buscará evitar um afastamento irreversível entre os grupos.
Questionado sobre seu posicionamento diante da atual situação, ele foi enfático: “Nesse instante, fico com os três: Adriano Galdino, Cícero Lucena e João Azevêdo”.
As declarações acontecem em meio à turbulência política provocada pela saída de Cícero do Progressistas e sua pré-candidatura ao Governo da Paraíba em 2026, movimento que gerou reações duras dentro da base aliada e acentuou a divisão no grupo político que comanda o Estado e a capital.
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