As lideranças nacionais do Progressistas (PP) e do União Brasil anunciaram nesta terça-feira (2) a decisão de deixar a base do Governo Lula. Em comunicado no Congresso Nacional, os presidentes das siglas, Ciro Nogueira (PP) e Antonio Rueda (União Brasil), orientaram que todos os filiados entreguem os cargos ocupados no Executivo até 30 de setembro.
A medida, que ainda precisa ser homologada pelas Executivas Nacionais dos dois partidos, atinge diretamente os ministros do Esporte, André Fufuca (PP), e do Turismo, Celso Sabino (União Brasil).
Os dois partidos compõem, desde 19 de agosto, a federação denominada “União Progressista”.
Segundo o anúncio, a determinação se aplica apenas aos filiados. Ficariam preservados os cargos ocupados por indicação pessoal do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e do ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Alcolumbre foi responsável pela indicação dos ministros das Comunicações, Juscelino Filho, e da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes. Já Arthur Lira indicou o atual presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira.
Em nota, Antonio Rueda reforçou o tom de ruptura: “Comunicamos a todos os detentores de mandato que devem renunciar a quaisquer funções no governo federal. Caso essa determinação não seja cumprida, dirigentes estaduais da federação tomarão medidas imediatas. Se a permanência persistir, serão aplicadas punições disciplinares previstas no estatuto. Esta decisão demonstra clareza e coerência, valores que o povo brasileiro e os eleitores esperam de seus representantes.”
Na bancada paraibana, o União Brasil conta com o senador Efraim Filho e o deputado federal Damião Feliciano, ambos presentes no anúncio.
Já o PP tem três representantes: os deputados federais Aguinaldo Ribeiro e Mersinho Lucena, além da senadora Daniella Ribeiro, que não participaram do evento.
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