
O ex-deputado federal (2019–2022) Julian Lemos tem uma inteligência muito acima da média do bolsonarismo — incluindo aí toda a bancada federal do PL. Tem um jeitão que combina com seu porte de halterofilista. Tornou-se bolsonarista muito antes de o bolsonarismo nascer. Empresário, costumava acompanhar Jair Bolsonaro em andanças pelo país, antes mesmo de o ex-presidente se tornar a estrela da extrema-direita.
Em 2018, foi coordenador da campanha de Bolsonaro no Nordeste. Fez parte da equipe de transição. Era amigo próximo de Gustavo Bebianno. Em razão de disputas pelo controle do PSL, rompeu com o ex-presidente ainda durante o mandato e, desde então, virou o queridinho da imprensa petista.
Hoje, descobrimos aqui na Paraíba que Lemos quer se filiar ao PT. Segundo a presidenta estadual do partido, Cida Ramos, “precisamos ampliar esse elenco para que o PT possa sonhar com a possibilidade de fazer mais de um deputado”.
Nesse encontro que já deixou, há tempos, de ser inusitado, questiona-se por aqui a guinada ideológica de Julian Lemos — mas, e a do PT? Por que um ex-bolsonarista enxergaria no Partido dos Trabalhadores uma alternativa de filiação partidária?
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