Deputado pede prisão do influenciador paraibano Hytalo Santos após denúncias de exploração sexual de menores
Hytalo Santos

O ministro Rogério Schietti Cruz, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), rejeitou o pedido de habeas corpus feito pela defesa do influenciador digital Hytalo Santos e de seu marido, Israel Natã Vicente. Detidos desde 15 de agosto no interior de São Paulo, eles aguardam transferência para um presídio em João Pessoa (PB), onde tramitam as investigações. A decisão foi divulgada em primeira mão pelo blog de Wallison Bezerra, no Portal MaisPB.

De acordo com o STJ, a negativa se fundamenta nos indícios reunidos até agora, que envolvem acusações de exploração sexual e econômica de adolescentes, tráfico de pessoas, trabalho infantil e produção de material sexual com menores de idade. O processo contém documentos, imagens e depoimentos que reforçam as denúncias.

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A defesa alegava que a prisão foi precipitada e motivada por uma onda de pressão social, após denúncias ganharem visibilidade nas redes sociais. Sustentou ainda que não houve qualquer tentativa de fuga e que os acusados estavam em São Paulo sem qualquer restrição judicial para deixar a Paraíba.

Na decisão, no entanto, o ministro Schietti rechaçou a tese de prisão motivada por clamor público. Segundo ele, “não se trata de prisão preventiva automática, nem de antecipação de pena ou medida baseada em motivos genéricos”. O magistrado destacou que tanto a 2ª Vara Mista de Bayeux quanto o Tribunal de Justiça da Paraíba já reconheceram a existência de “gravidade concreta” nas condutas atribuídas aos investigados.

Para o ministro, há risco real de destruição ou ocultação de provas, o que justifica a prisão preventiva como meio de resguardar a ordem pública e garantir a efetividade das investigações.

Mesmo diante do argumento de que ambos possuem residência fixa, não têm antecedentes criminais e exercem atividades lícitas, Schietti citou jurisprudência do próprio STJ ao lembrar que tais condições não bastam para afastar a necessidade de prisão preventiva, quando há fundamentos concretos e contemporâneos.

A decisão reforça a gravidade do caso e indica que a investigação está em estágio avançado. A prisão foi autorizada pela Justiça da Paraíba e cumprida pela Polícia Civil em São Paulo, após denúncias de vítimas que teriam sido aliciadas para a produção de conteúdo sexual, segundo a polícia, sob a falsa promessa de oportunidades profissionais.

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