A exoneração a pedido de Jackson Silva do cargo de superintendente dos Correios na Paraíba, neste sábado (2), provocou uma reação ácida dentro do campo governista. O desligamento ocorre após o rompimento político entre o senador Efraim Filho (União Brasil) — responsável pela indicação de Jackson ao cargo — e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Quem não perdeu a oportunidade de provocar foi o secretário estadual de Juventude do PT na Paraíba, Pedro Matias, que também é pré-candidato a deputado federal. Nas redes sociais, ele ironizou a saída do aliado de Efraim e acusou o senador de “usar o governo e depois trabalhar contra os mais pobres”.
“O primeiro a cair foi o dos Correios, mas tem mais – até ministro”, afirmou Matias, em tom de alerta.
“O Foguete Flex tá começando a se desintegrar. Muito fácil usar o governo, milhões em emendas Pix, e trabalhar contra o Brasil, prejudicando os mais pobres”, completou.
Troca de comando já era esperada
A saída de Jackson Silva já vinha sendo aguardada desde que Efraim Filho anunciou aliança com o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, e passou a se articular como pré-candidato ao Governo da Paraíba em 2026 pela oposição de direita. Após selar a aliança com o PL na última semana, o próprio senador declarou que todos os cargos federais ocupados por seus indicados estavam “à disposição” para exoneração.
Jackson, servidor de carreira dos Correios, estava no cargo desde janeiro de 2023 e, com a exoneração, retorna ao seu posto original na estatal.
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