O deputado estadual Hervázio Bezerra (PSB) comentou, nesta quarta-feira (30), os impactos de uma eventual candidatura do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), ao Governo da Paraíba em 2026. Durante entrevista ao programa Arapuan Verdade, o parlamentar avaliou os desdobramentos políticos que a possível movimentação pode gerar na base aliada e reiterou sua preferência por Cícero, destacando a relação de lealdade com o vice-prefeito Léo Bezerra (PSB).
“Tenho dito e repito: não tenho dificuldade de votar em Lucas [Ribeiro], mas tenho menos afinidade com ele. É uma pessoa cordial, mas com quem não tenho uma relação próxima. Já com Cícero e Adriano Galdino, mesmo com divergências, há mais aproximação. E sim, tenho preferência por Cícero — e não apenas porque Léo assumiria a prefeitura”, afirmou Hervázio.
Questionado sobre o apoio do PSB à eventual candidatura de Léo Bezerra à Prefeitura da Capital em 2026, caso Cícero dispute o governo, Hervázio evitou condicionar posições, mas deixou claro que a gratidão será um critério decisivo.
“Não sou de trabalhar com conjecturas, mas vou me arriscar: gratidão é uma palavra que faz parte do meu vocabulário. Tenho com Cícero uma história, e isso pesa. O ideal seria uma acomodação que permitisse unir todos. E, se tem alguém que deseja isso, é Léo. Se ele pudesse juntar tudo agora, faria”, pontuou.
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Embora não veja risco iminente de ruptura, o deputado reconheceu que o cenário ainda é incerto e que decisões estratégicas estão por vir. Segundo ele, uma eventual candidatura de Cícero deve ser tratada com seriedade, dada sua relevância política tanto na capital quanto no estado.
“A gente está às vésperas de agosto, a um ano das convenções. Se Cícero decidir sair, terá que ser levado a sério. Isso implicaria em rearranjos em João Pessoa. Mas não vejo ninguém dentro do PSB, especialmente Léo, trabalhando por rompimento. A ideia é manter o grupo unido”, frisou.
Ao final da entrevista, Hervázio defendeu a necessidade de coerência política e destacou a importância de preservar a união da base aliada.
“O governo de João faz bem à Paraíba e à João Pessoa. Isso é o que temos que preservar. Cargos e nomes são importantes, mas o essencial é manter a base coesa e evitar rupturas desnecessárias”, concluiu.
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