O presidente da Câmara dos Deputados, o deputado federal Hugo Motta (Republicanos–PB), anunciou, nesta quarta-feira (26), novas normas para o ambiente legislativo, que proíbem o uso de cartazes, banners, panfletos e outros materiais no Plenário Ulysses Guimarães e nas salas de comissões. A decisão vem após um desentendimento intenso entre parlamentares, que resultou em uma repreensão pública de Motta na semana passada.
Em um dos atos assinados, Motta determina que não será mais permitido o uso de cartazes, banners ou quaisquer materiais de manifestação dentro do plenário e das comissões, alcançando tanto parlamentares quanto servidores, terceirizados e visitantes. A medida visa manter o foco nos debates e evitar que a discussão parlamentar seja desviada por manifestações externas.
Além disso, em outro ato, Motta reforçou a exigência de vestimenta formal para todos os presentes nas dependências da Câmara. A medida determina que apenas aqueles com trajes adequados poderão permanecer e circular pelos espaços legislativos.
“A determinação busca reafirmar os valores institucionais da Casa e garantir que o ambiente permaneça condizente com a seriedade do trabalho legislativo”, declarou Motta, ao justificar a medida.
A decisão segue a tensão registrada no plenário na quinta-feira (19), quando uma discussão acalorada entre deputados de oposição e base governista culminou em um confronto verbal durante a discussão de uma denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Durante o episódio, Motta fez questão de expressar seu desagrado com a falta de disciplina, afirmando que o plenário da Câmara não era “jardim de infância” e que não toleraria comportamentos indisciplinados. “Ou esse plenário se dignifica de estar aqui representando o povo brasileiro, ou não merecemos estar aqui”, declarou Motta, reforçando sua posição contra o descontrole nas sessões.
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