O juiz José Guedes Cavalcante Neto, da 4ª Vara Criminal da Capital, atendeu denúncia apresentada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado da Paraíba (Gaeco-PB), para tornar o Padre Egídio de Carvalho réu em uma nova investigação no âmbito da operação “Indignus”. Segundo a denúncia, o religioso é acusado de lavagem de dinheiro e ocultação de bens e valores, além de formação de organização criminosa. A informação foi publicada, primeiramente, pelo Blog do jornalista Wallyson Bezerra.
“A peça acusatória atende aos requisitos formais do art. 41 do Código de Processo Penal, por estar alicerçada em fonte de informação básica do(s) delito(s) e oferecendo indícios de autoria, não havendo motivo que autorize a sua rejeição, como a inépcia ou falta de pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal”, destacou o magistrado.
O caso é um desdobramento da Operação Indignus, que investiga o desvio de recursos milionários do Hospital Padre Zé, em João Pessoa. Os crimes teriam acontecido quando Egídio presidia o Hospital.
Segundo o Gaeco, Egídio teria escondido o fato de ser o real proprietário de um imóvel avaliado em quase R$ 500 mil no bairro Cabo Branco, em João Pessoa. Ele estaria agindo para ‘limpar’ dinheiro que era sujo.
Ele teria comprado o imóvel e transferido a propriedade para uma criança de 2 anos que mora em São Paulo.
Além da denúncia, o Ministério Público também pediu que a Justiça sequestre o bem e o converta para o tesouro estadual, além a determinação que Egídio pague R$ 480 mil em reparação de danos materiais e R$ 1 milhão a título de danos morais coletivos.
Padre Egídio está sem advogado. O escritório de José Rawlison apresentou renúncia. O juiz José Guedes Cavalcante determinou a designação de uma defensora pública até a definição de uma novo advogado para ele.
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