O Conselho Federal de Medicina (CFM) decidiu, nesta terça-feira (15), manter a suspensão temporária do registro profissional do pediatra Fernando Cunha Lima. A decisão reforça a deliberação anterior do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), que, em 16 de agosto, determinou por unanimidade a interdição cautelar do médico. A manutenção da suspensão foi oficializada em documento assinado pelo presidente do CFM, José Hiran da Silva Gallo, e aprovada no Pleno do Tribunal Superior de Ética Médica.
A suspensão do registro é inicialmente válida por 180 dias, podendo ser prorrogada por igual período. Embora a decisão estivesse em vigor desde a determinação do CRM-PB, a renovação do recurso pelo Conselho Federal faz com que a contagem do prazo comece a partir desta terça-feira. Durante esse período, o Conselho Regional da Paraíba deve concluir o processo ético-profissional, ouvindo tanto a parte denunciante quanto o médico acusado. O órgão também está acompanhando o inquérito criminal, as investigações do Ministério Público e quaisquer decisões de outras autoridades competentes.
A sindicância contra Fernando Cunha Lima foi aberta pelo CRM-PB no dia 7 de agosto, após o recebimento de uma denúncia formal apresentada pelo advogado da família de uma das vítimas. Segundo o presidente do conselho, Bruno Leandro, a fase de apuração das sindicâncias normalmente leva 90 dias, mas, devido à gravidade da denúncia, o processo foi agilizado.
A continuidade da suspensão reafirma a preocupação do Conselho Federal de Medicina em garantir a celeridade e a imparcialidade na apuração dos fatos, priorizando a segurança dos pacientes e a ética médica. O caso segue em investigação, e novas medidas poderão ser adotadas conforme o desenrolar do processo.