O desembargador do Tribunal de Justiça da Paraíba, Ricardo Vital de Almeida, rejeitou o pedido impetrado pela defesa do Padre Egídio de Carvalho para suspensão das audiências de instrução sobre o caso de supostos desvios de recursos do Hospital Padre Zé, marcadas para acontecer nos próximos dias 20 e 27 de maio. Em decisão publicada na manhã desta sexta-feira (17), o magistrado indica que não houve ilegalidade em despacho proferido pelo Juiz Jose Guedes, na última segunda-feira (13), determinando a realização das audiências.
“Para o deferimento de medida liminar, é necessário que o impetrante demonstre, através de prova pré-constituída, a presença do fumus bonis iuris e do periculum in mora, de modo que deve estar presente flagrante ilegalidade, observando-se a possibilidade de lesão grave e de difícil ou impossível reparação e, ainda, a plausibilidade do direito subjetivo deduzido”, escreveu Vital.
“Ademais, examinando a decisão guerreada, observo que o ilustre magistrado examinou detalhadamente cada pedido formulado pela defesa do corrigente, indeferindo os pleitos de forma fundamentada”
A defesa do sacerdote buscava a anulação das buscas e apreensões realizadas no âmbito da Operação Indignus, deflagrada no ano passado pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).
Réu nos altos dos processos da “Operação Indignus”, o Padre Egídio chegou a ser preso, mas foi posto em prisão domiciliar no último mês após ser submetido a uma cirurgia para a retirada de um tumor. O procedimento cirúrgico também compunha a alegação da defesa do sacerdote de que ele precisa permanecer em repouso médico por 60 dias e não poderá comparecer à audiência.