Médico dá uma pausa nas discussões políticas em Santa Luzia, mas abre espaço para diálogos com novas lideranças, inclusive, não descarta conversa com a atual gestão.
O médico cardiologista Galileu Ricarte, o Dr. Galileu como é mais conhecido, foi o entrevistado do podcast MangabaCast, na noite da última terça-feira (31). Na oportunidade, ele falou sobre o trabalho à frente da Coordenação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de João Pessoa, e também sobre o desejo de retornar à político-partidária.
Ex-candidato a deputado estadual por duas vezes (2010 e 2018), Dr. Galileu revelou ao apresentador Adelton Alves a vontade de ingressar na política em sua terra natal, o município de Santa Luzia, no Vale do Sabugi. Ele citou a aliança com o atual prefeito da cidade, José Alexandre (Zezé) e com o vice-prefeito Francisco Seráphico Ferraz da Nóbrega (Chicão), nas eleições municipais de 2016 e 2020.
Também atribuiu os motivos do afastamento com o prefeito Zezé a “desencontros casuais do passado”. “Houve choque, mas não houve término de conversa. Eu votei em Mersinho [Lucena, deputado federal], mas não votei no candidato do prefeito [Alexandre de Zezé, deputado estadual]. Depois disso, houve um certo distanciamento com o prefeito Zezé, mas sempre nos tratamos como irmãos”, disse.
PRÉ-CANDIDATURA
Doutor Galileu disse ainda que lançou a pré-candidatura a prefeito “sozinho” há alguns meses. “Meu nome foi pegando, pessoas vieram demonstrar apoio. Comecei com um vereador, e cheguei a ter sete vereadores em oposição à atual gestão, mas sem fazer críticas ao gestor, sempre ofertando ideias para a população”, explicou.
Na sequência, Galileu revelou decepção e afastamento das discussões políticas devido a atos negativos provocados por membros do novo grupo oposicionista.
“Com a chegada desses sete vereadores, o que poderia ser ‘flores’, para mim não foi. Visualizado não apenas por mim, mas por pessoas que me circundam, é que estava havendo um puxão de tapetes por estar morando aqui [Em João Pessoa]. Estando lá, era uma… (sic), mas, a partir do momento em que eu subia a Serra [de Santa Luzia] a articulação corria para que eu não fosse o candidato, e que dois [outros] candidatos fossem [escolhidos]. Isso já estava programado há muito tempo. Acho até que eu estava interferindo no projeto”, disse.
DESUNIÃO
E, o médico complementou: “Política se faz por convergência de projetos. Quando se diverge, quando o reino começa desunido, é um reino que não prospera. Até que semana passada eu coloquei uma nota, afirmando que estava me afastando da discussão política. (…) Após o anúncio da saída, já tinham três pré-candidatos, inclusive, um primo. Preferi sair, respirar outros ares, usar de outras estratégias e conversar com outras pessoas”, disse.
Por fim, o médico afirmou que preferiu dar um “stand by” nas discussões políticas em Santa Luzia. “Pedi duas semanas para respirar. Não estava aguentando aquela pressão de ser traído, puxado o tapete, escanteado, para ter um novo rumo”, comentou.
RETORNO
O médico afirmou que nas próximas semanas retornará as discussões novamente, e que se abrirá a dialogar com novos grupos, inclusive, não descarta conversar com antigos amigos que hoje compõem a situação em Santa Luzia. “Vou passar uma semana descansando, e vou começar novamente. É difícil, mas quando a pessoa tem um diálogo sincero, sabe dividir o bolo, e não a política como meio de sobrevivência econômica, isso dar certo”, concluiu.
Reveja o trecho da entrevista ao MangabaCast: