Problemas relacionados ao trabalho podem desenvolver sérios transtornos mentais - Foto: Ilustração

Problemas relacionados ao trabalho podem desenvolver sérios transtornos mentais. O alto nível de estresse, a rotina diária acelerada, cobranças sociais para ser um profissional de excelência, dentre outros aspectos contribuem para o aumento das enfermidades psicossociais.

Os transtornos mentais relacionados ao trabalho aumentaram 100% entre 2019 (cenário antes da pandemia) e 2022 (cenário pós pandêmico). Os dados vêm de entidades como o Observatório da Segurança e Saúde no Trabalho, ferramenta do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

E nesse preocupante cenário, a Paraíba surge como o 3º estado do Nordeste com o maior número de casos de transtornos mentais relacionados ao trabalho notificados em 2022.

Em 2019, o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, registrou 52 casos e, em 2022, esse número dobrou, saltando para 104. A Paraíba fica atrás, apenas, da Bahia (com 229 casos) e Alagoas (128).

É hora de discutir o assunto

Para discutir essa temática, o Ministério Público do Trabalho na Paraíba (MPT-PB) realizará, nesta segunda-feira (18), a partir das 8h, o 1º Fórum de Saúde Mental e Trabalho, no Auditório da Fiep, em Campina Grande. O evento é realizado em parceria com o Centro de Referência Regional em Saúde do Trabalhador – Cerest-CG. Durante o evento, haverá o lançamento de uma Cartilha. Cerca de 300 pessoas estão sendo esperadas no evento.

O evento integra a programação da Campanha “Setembro Amarelo – Ouvir é Acolher”, voltada à Saúde Mental, realizada pelo MPT e Cerests durante este mês na Paraíba. Com a mensagem “Quem cuida da mente, cuida da vida”, a campanha visa a prevenção e o combate aos vários tipos de assédio sofridos no trabalho e a outras situações, que levam ao adoecimento.

Segundo a procuradora-chefe do MPT-PB, Andressa Ribeiro Coutinho, a campanha é uma iniciativa de prevenção e combate aos vários tipos de assédio sofridos no trabalho e a outras situações vivenciadas no ambiente laboral, que levam a pessoa ao adoecimento e a quadros de ansiedade, pânico, depressão e ‘Síndrome de Burnout’, conhecida como “Síndrome do esgotamento profissional”.