Pela primeira vez desde o início da Guerra entre Rússia e Ucrânia, o presidente dos EUA, Joe Biden, falou abertamente sobre as ameaças do presidente russo, Vladimir Putin, de que poderá utilizar armas nucleares no conflito.
Após a Rússia anunciar que transferiria material de guerra para a Bielorrússia o presidente do país, Alexander Lukashenko, informou ter recebido armas nucleares junto com os outros armamentos táticos enviados pela Rússia. Algumas das armas nucleares enviadas para a Bielorrússia tem potencial três vezes superior as usadas pelos EUA em Hiroshima e Nagasaki em 1945.
Trata-se da primeira vez que a Rússia transfere armamento deste tipo (ogivas de curto alcance, para possível de utilização no campo de batalha) para fora do seu espaço territorial desde a queda da União Soviética.
Antes do aviso agora feito por Joe Biden, os EUA haviam reagido à manobra de Putin garantindo não ter intenção de alterar o atual posicionamento estratégico do seu arsenal nuclear, até porque não tinham detectado sinais de que a Rússia estaria se preparando para utilizar estas armas de destruição maciça.
No mês passado, o regime russo desvalorizou as críticas americanas ao plano de destacar armamento nuclear para a Bielorrússia, contrapondo o fato de que os Estados Unidos fazem o mesmo “há décadas” na Europa.
Estas movimentações militares da Rússia estão a ser atentamente seguidas não só pelos aliados ocidentais, mas também pela China, que por várias vezes vocalizou a sua oposição ao uso de armas nucleares na guerra da Ucrânia.