Bolsonaro
O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro| Foto: Alan Santos

As bulas das vacinas Pfizer, Coronavac e Janssen, distribuídas pelo SUS, sequer citam a presença de grafeno na composição

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou as redes sociais neste domingo (18) para pedir desculpas sobre a informação falsa de que vacinas contra Covid-19 contêm “grafeno” que, segundo ele, se acumularia nos “testículos e ovários”.

“Como é de conhecimento público sou entusiasta do potencial de emprego do óxido de grafeno, por isso inadvertidamente relacionei a substância com a vacina, fato desmentido em agosto de 2021″, escreveu Bolsonaro em publicação nas redes sociais neste domingo.

O ex-presidente fez a declaração anti-vacinas em evento de filiação do Partido Liberal (PL) na cidade de Jundiaí (PL), enquanto o senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), ministro da Ciência no governo Bolsonaro, argumentava sobre a importância do grafeno para o desenvolvimento econômico.

As bulas das vacinas Pfizer, Coronavac e Janssen, distribuídas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), não citam a presença de grafeno na composição. O grafeno é um material composto por átomos de carbono e tem sido apontado como o futuro da tecnologia, de acordo com o Inmetro.

A divulgação de notícias falsas sobre os imunizantes levou Bolsonaro a ser investigado em inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF). Em 2021, durante uma das ondas de contaminação pela doença, o ex-presidente associou a vacinação ao vírus da aids.

Veja a declaração do ex-presidente que gerou o pedido de desculpas: